Rota da Estrada de Ferro de Bragança (EFB)



Em 20 de abril de 2013, percorri a Rota da Estrada de Ferro de Bragança, desativada desde 31 de dezembro 1964, pelo Superintendente Substituto em Exercício Lourival Rei de Magalhães.

Em virtude do abandono de determinados trechos, dificuldade de acesso e, manutenção de diversas pontes existente ao longo do percurso, não foi possível percorrer a rota na sua integra.

No entanto, refazer o caminho trilhado pela Maria Fumaça da EFB foi como viajar no tempo. O trecho entre Igarapé-Açu e Nova Timboteua ainda há algumas vilas que resistem ao tempo, desde a extinção da EFB, como o Caripi, São Luiz, Livramento, Matacão, etc. Fundadas a partir das pequenas paradas existentes ao longo da ferrovia.

Ao longo da viagem, foi possível visualizar algumas edificação que não foram demolidas com a extinção da EFB, como:
 
  • Caixa d'água de Marituba

    • Local da Antiga Estação de Benevides
    •  Ruínas da Parada de Moema
    •  Prédio da Estação de Santa Izabel (Atual E.M.E.I Mª. José Oliveira)
    • Prédio da Estação de Americano (Atual Escola Municipal de Ensino Infantil)
     

    •  Trecho da EFB em Americano
    •  Prédio da Estação do Apehú em Castanhal (Atual Mercado Municipal João Trindade da Costa)
     
    • Antiga estrutura da Ponte de Ferro sobre o rio Apehú em Castanhal  
    •  Museu do Trem em Castanhal na Praça da Estrela
    •  Alusão a Estação de Castanhal existente na Av. Barão do Rio Branco
    • Estrutura da Ponte de Ferro da EFB em Jambu-Açu  
    •  Ruínas da Ponte de Ferro da EFB em Jambu-Açu  
    •  Trecho entre Igarapé-Açu e Nova Timboteua (Atual PA-442)
    • Ruínas da Caixa d'água e Ponte de Ferro sobre o rio Livramento (Ponte esta conservada)
     
    •  Ponte de Ferro sobre o rio Livramento
    • Prédio da Estação de Timboteua (Atual Agência dos Correios em Nova Timboteua) 

    •  Prédio da Estação de Peixe-Boi (Abriga lojas comerciais) 
    •  Prédio da Estação de Capanema (Atual Estação Rodoviária Raimundo Felipe Iglesias) 
    •  Prédio da Estação de Tracuateua (Atual Agência dos Correios)  
     
    Os trechos com maiores dificuldades de acesso entre as cidades de Igarapé-Açu e Nova Timboteua (PA-242); Peixe-Boi a Capanema (PA-242) e, Capanema passando por Tauarí, Miraselvas até Tracuateua (PA-448).
     
    A realização da Rota da Estrada de Ferro de Bragança surgiu em  dezembro de 2012, como parte do projeto de visita técnica da disciplina Organização de Roteiros Turísticos, ministrados no curso de Turismo da Faculdade Integradas Ipiranga. A empresa parceira deste projeto é a Lecytur Viagens e Turismo.
     
    Enquanto houver edificações e demais vestígios como as ruínas de paradas, pontes e telhas reutilizadas em outras edificações, a história da Estrada de Ferro de Bragança contrariará a intenção de Lourival Magalhaes ao determinar a sua extinção e a demolição dos principais símbolos da sua existência, para que o povo do Pará esquecesse que um dia a Maria Fumaça transportou mercadorias, desenvolvimento, sonhos, realidades, esperança e desejo de um povo que se acostumou com a sua velocidade e o seu apito nas curvas, durante os seus 82 anos de funcionamento, ao longo dos 233km entre Belém e Bragança.
     
    Visita Técnica: 20/04/2013
    Equipe: Adrielson Furtado, Calos Wanzer e Vinicius Borges (Lecytur Viagens e Turismo), Rosenildo Conceição.
    Duração: 15 horas.
     
     
     

    Comentários

    Anônimo disse…
    Trabalho sensacional e de muita competência. O Pará precisa de pessoas que preservem o seu valor cultural. Obrigado por essa recordação! Luiz Mário Gusmão - lgusmao@reditus.com.br
    Unknown disse…
    Magnifico o registro e as fotos que lembram a importância que foi a Estrada de Ferro de Bragança.
    Unknown disse…
    Espetacular. Parabéns pelo trabalho!
    Ruy Sizo Filho disse…
    Parabéns pelo belo trabalho, mostrando o trajeto da antiga estrada de ferro Belém > Bragança!🤙👏👏👏
    Ruy Sizo Filho