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Seringais de Ananindeua (Adrielson Furtado, 2013) |
Segundo Penteado (1968), as
antigas matas do 40 Horas foram exploradas pelos nordestinos e japoneses no
século XX, para o fornecimento de postes e lenha para Estrada de Ferro de
Bragança, passando de mata virgem para zonas de capoeiras.
Tais propriedades rurais
mantinham granjas, hortas e plantações de cacau, cupuaçu em consórcio com
seringal. Na década de 1970, a COHAB-Pará comprou essas áreas rurais para a
construção do conjunto habitacional Cidade Nova. Com a construção das ruas e
moradias, partes desses seringais foram desmatadas.
Segundo as informações orais de
antigos moradores das áreas do entorno, os seringais foram abandonados por seus
proprietários, sem deixar de extrair seu látex e as frutas existentes nas
sombras dos seringais.
No entanto, fragmentos desses
seringais ainda são encontrados em meio as áreas urbanizadas do conjunto Cidade
Nova, como a do Complexo esportivo da Cidade Nova VIII.
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Fotos: Seringais do Complexo Esportivo da Cidade Nova VIII (Adrielson Furtado, 2013) |
Em abril de 2012, uma área de 12
mil m² na Cidade Nova VIII, entre as WE´s 34 e 36 foi transformada em Museu Parque
Seringal contendo as seringueiras cultivadas pelos japoneses e nordestinos
durante o segundo período da economia da borracha.
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Foto: Museu Parque Seringal (Adrielson Furtado, 2013) |
Foto: Anfiteatro (Adrielson Furtado, 2013)
Fotos: Academia ao ar livre (Adrielson Furtado, 2013)
Foto: Tapiri (Adrielson Furtado, 2013)
O Museu Parque Seringal é o
segundo parque ambiental de Ananindeua e, a primeira unidade de conservação
municipal do Pará. Também já faz parte do Cadastro Nacional de Museus pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) do Ministério da
Cultura, e do Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC) do Ministério
do Meio Ambiente.
Foto: Extração do látex (Adrielson Furtado, 2013)
RODRIGUES, Eliene Jaques. Banidos da cidade e unidos na condição: Cidade Nova, espelho de segregação social em Belém. Belém: UFPA/NAEA, 1998.
Fonte:
RODRIGUES, Eliene Jaques. Banidos da cidade e unidos na condição: Cidade Nova, espelho de segregação social em Belém. Belém: UFPA/NAEA, 1998.
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