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Imagem: Carnanindeua 2014. Foto: Guarda Municipal de Ananindeua |
Em 1996, na gestão do prefeito Manoel Pioneiro, no auge do Axé Music, foi lançado o primeiro Carnanindeua, tendo a Av. Arterial 18 (Atual Av. Dom Zico) como corredor para os foliões. O objetivo inicial era resgatar as tradições e os costumes do município com os blocos de rua associado à micareta (ALMEIDA, 2006).
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Imagem: Carnanindeua, 2004. Foto: Brasmarketing. |
O evento tornou-se um sucesso, passando a fazer parte do calendário de eventos oficial do município. Para outros setores do município, a prefeitura passou apoiar os tradicionais blocos de rua, como o Carnapaar, Carnacentro e o Carnaguanabara (ALMEIDA, 2006). Nesse período, o Bloco Brasileirinho da Cidade Nova foi ganhando adeptos nas ruas do bairro. Atualmente o bloco sai nas ruas todos os domingos de janeiro, com ultima apresentação no domingo de carnaval, com a dispersão dos brincantes na Av. Arterial 18.
Em 2002, o Carnanindeua contou com a apresentação de escolas de samba de Belém. O fato ocorreu depois do desentendimento entre a Liga das Escolas de Samba de Belém do Grupo Especial com a Prefeitura de Belém, por conta de ajuda financeira para produção das fantasias e carros alegóricos. As escolas de samba “Quem São Eles”, “Acadêmicos da Pedreira” e “Bole Bole” recorreram ao prefeito de Ananindeua M. Pioneiro, que as encaixou na programação do Carnanindeua. Assim o desfile ocorreu na Av. Arterial 18, como forma de boicote destas ao desfile oficial de Belém.
Em 2005, o Carnanindeua já havia se consolidado, sendo considerado o maior Carnaval do Pará, em virtude da grande quantidade de brincantes, que segundo a coordenação do evento contabilizavam mais de 100 mil foliões, nos três dias do evento (ALMEIDA, 2006).
Em 2006, o evento pela primeira vez não ocorreu durante o carnaval, sendo realizado uma semana antes. Marcando uma nova fase do evento, que começou a diminuir seu quantitativo de público, apesar de todo o investimento em infraestrutura, segurança e diversas atrações regionais (DOL, 2006).
Ao longo dos anos, outras cidades despontaram no mesmo estilo de Carnanindeua, como Vigia de Nazaré, Cametá e Curuçá. Contribuindo para diminuição do público no evento.
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Imagem: Programação do Carnanindeua 2005. Fonte: PMA |
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Carnanindeua 2018. Fonte: PMA |
Fontes:
ALMEIDA, A.F. 2006. Ananindeua e a sua identidade cultural. (TCC). Faculdade de Turismo, Universidade Federal do Pará, 2006.DOL. Carnanindeua fez a festa popular. Jornal Diário do Pará. 13 de fevereiro de 2006.
SOARES, A.J. Briga ente escolas de samba e prefeitura esfria Carnaval de Belém. UOL, 08/02/2002. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ajb/2002/02/08/ult740u2545.jhtm
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