1° Momento (1790)
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Casa de Abacatal |
2° Momento (1850-1895)
Na década de 1850, foi
a vez dos ribeirinhos que se estabeleceram no Maguary (que antes recebia o nome
de Maguari-Açu), fugindo do confronto da Cabanagem, formando um pequeno
aglomerado populacional conhecidos como “Boca” e a do “Cabeceira”. Neste período
ocorre os primeiros registros de terras no Maguary (1856), a área do Distrito
Industrial e Mocajutuba (entre o período de 1880 a 1895). A partir de 1890,
verifica-se o povoamento na região insular como: Ilha de Sassunema (1894), Ilha
do Roldão (faz parte da ilha de Santa Rosa) (1895), Ilha do Mutum (1986), etc.
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Estação de Ananindeua no km 14 EFB |
4° Momento (1916)
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Curtume Maguary num cartão Postal (Belém da Saudade) |
5° Momento (1944)
Em 1938, por Ato do
Governo do Estado do Pará, Ananindeua deixou de ser freguesia e passou a ser
distrito do município de Santa Izabel, permanecendo como tal até 30 de dezembro
de 1943, quando por força do Decreto-Lei n° 4.505, promulgado pelo então
interventor Estadual Magalhães Barata, foi instituído o município de
Ananindeua, cuja instalação ocorreu em 3 de janeiro de 1944, tendo sido
nomeado, à época, como primeiro prefeito, o Sr. Claudomiro Belém de Nazaré. No período de 1947 a 1956, o município contava
com os seguintes distritos: Ananindeua, Benevides, Benfica e Engenho do Araci
(atual Santa Bárbara).
6° Momento (1960)
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BR-010 próximo a Marituba (Penteado 1968) |
7° Momento (1974)
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Inauguração do Conjunto Cidade Nova IX em 1986 |
8° Momento (1975)
Até 1970, houve um
deslocamento do polo industrial de Belém para áreas menos urbanizadas e
distantes do núcleo central e mais baratas como Icoaraci e Ananindeua, tendo o
apoio da ação direta do Governo Federal. O primeiro polo industrial de
Ananindeua foi denominado de Distrito Industrial, onde se previa a implantação
de 55 empresas com 5.582 empregos. No entanto na década de 1990 possui 23
empresas. Na década seguinte haviam 67 empresas instaladas em pleno
funcionamento. O segundo polo industrial configurou-se ao longo da BR-316, no
trecho que iniciava após a curva da castanheira (próximo ao atual shopping) até
Marituba. No inicio estabeleceram-se o Refrigerante Garoto, Tanpom Corona,
Poliplast, Sorteaço, Artecom, Inca, etc. Atualmente, a maioria das empresas estão
ligadas ao setor comercial: venda de automóveis, caminhões, tratores,
autopeças, materiais de construção, lojas e supermercados. Verifica-se
atualmente que a vocação do município é maior para o setor de serviços que o
industrial idealizado na década de 1970.
9° Momento (1993)
O crescimento
populacional da década de 1970 para 1980 foi de 193% (IBGE). Tanto que a
população urbana era 13% na década de 1970. Na década de 1980 era quase 90%.
Tanto que em 1993, esse acelerado crescimento urbano relacionado diretamente ao
processo de metropolização de Belém, provocou a conurbação com Ananindeua, que
se tornou a principal área de expansão da capital. Sua principal característica
era marcada pela difícil identificação de onde terminava o município de Belém e
onde começava o município de Ananindeua, que levou em 1993 a uma revisão dos
limites políticos administrativos entre os dois municípios.
10° Momento (2013)
Ananindeua possui mais
de 471.980 hab. (IBGE), em termos populacionais é segunda maior cidade do Estado,
ficando atrás apenas de Belém. No entanto, Ananindeua lidera até o ultimo
levantamento publicado em 2013, como a pior cidade do Brasil em termos de saneamento
básico. Quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Programa
das nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Ananindeua ficou na 1.362
posição entre os 5.565 municípios brasileiros, com 0,718. Índice de Renda
0,684, Índice de longevidade 0,821 e de educação 0,658.
Apesar de tudo, a urbanização tem seu lado contraponto, Ananindeua em 2010, liderou o 3° posição da lista dos municípios com maiores taxas de homicídios envolvendo crianças e adolescentes. O transporte urbano também passa por momentos de dificuldades, a BR-316 possui em seus primeiros quilômetros o trecho com o maior número de acidentes com vitima fatal, bem como trechos de lentidão na rodovia e nas principais vias de acesso do município.
Apesar de tudo, a urbanização tem seu lado contraponto, Ananindeua em 2010, liderou o 3° posição da lista dos municípios com maiores taxas de homicídios envolvendo crianças e adolescentes. O transporte urbano também passa por momentos de dificuldades, a BR-316 possui em seus primeiros quilômetros o trecho com o maior número de acidentes com vitima fatal, bem como trechos de lentidão na rodovia e nas principais vias de acesso do município.
Apesar de todas as
dificuldades, o município ainda é alvo da especulação imobiliária, que nos últimos
anos está comprando os sítios, vivenda, chácaras e clubes para transformar em condomínios
particulares e loteamentos, marcando a verticalização da cidade. Esse corrida imobiliária,
impulsionada pelas linhas de crédito e programas sociais do governo, tem
atraindo a implantação de redes de supermercados, farmácias, postos de
gasolina, shopping centers, duplicação de avenidas, bancos, lojas de materiais
de construção, concessionárias, restaurantes, clinicas, etc.
A falta de um
planejamento urbano adequado para todos os bairros do município, que se constituíram
fora do eixo dos conjuntos habitacionais, geraram uma ocupação desigual, com
sérios problemas sociais e ambientais, principalmente as áreas periféricas, que
requerem uma maior atenção e investimento das politicas públicas para
mitigá-las e solucioná-las.
Ao longo desses dois
séculos de história, muitos outros fatos históricos foram importantes para a
construção do cenário atual, no entanto não foram registrados e se perderam no
tempo. Essa síntese são apenas 10 fragmentos que ajudam a contar e entender a
formação desse município, que não para de crescer e se destacar, seja por
motivos memoráveis ou não. Mas que sempre será uma município em
constante transformação em busca de uma cidade melhor para se viver e
trabalhar.
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